O número de mortos na tragédia mais mortal que já atingiu a peregrinação anual haj aumentou hoje para pelo menos 1.621 pessoas mortas, uma nova contagem mostrou, como centenas ainda continuam desaparecidas.
A contagem da Associated Press é mais do que o dobro da contagem oficial da Arábia Saudita, de 769 mortos e 934 feridos no desastre de 24 de setembro em Mina, a poucos quilômetros da cidade sagrada de Meca. As autoridades sauditas não atualizam sua contagem desde 26 de setembro.
Funcionários dos ministérios da saúde e do interior da Arábia Saudita não responderam aos pedidos recentes da AP para comentar o assunto. No domingo, o príncipe saudita Turki al-Faisal rejeitou a ideia de compartilhar a administração do hajj com outras nações muçulmanas, levantada pelo rival regional Irã, dizendo que Riade considera isso uma questão de soberania e um privilégio.
O número da AP vem de relatos da mídia estatal e comentários de funcionários de 19 dos mais de 180 países que enviaram cidadãos para a peregrinação anual de cinco dias.
O Irã diz que teve 465 peregrinos mortos, enquanto o Egito perdeu 182, Nigéria 168 e Indonésia 126.
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Outros incluem Índia com 114, Paquistão com 100, Bangladesh com 92, Mali com 70, Senegal com 54, Benin com 51, Camarões com 42, Marrocos com 33, Etiópia com 31, Sudão com 30, Argélia com 25, Gana com 12, Chade com 11, Quênia com oito e Turquia com sete.
Um ativista saudita de direitos humanos, que falou sob condição de anonimato por medo de represálias, disse acreditar que o governo está nervoso com as duras críticas que tem enfrentado.
A meu ver, o sucesso vai para as autoridades e os erros vão para a vontade de Deus, disse o ativista.